sexta-feira, 26 de junho de 2009

Adoção!

Botei pra adoção.
E agora,
cadê coragem pra dar?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Canción de Amor Propio
(Ismael Serrano)

A veces me desdoblo y me digo al oído:
"¡Qué bueno respirar, sentirte vivo!
¡Qué bueno que te cruces por mi camino!".
Rodeado de un espejo circular,
soy feliz con esta esquizofrenia tan particular.

¡Qué grato es encontrarme vaya donde vaya!
Por más que me cuento mis chistes
siempre me hacen gracia.
Si me voy, si me duermo, la vida se apaga.
¡Qué potra saber que siempre me seré fiel!
¡Qué suerte desde un principio caerme tan bien!

Y voy y me levanto cada mañana,
feliz y seguro.
Me hago el desayuno,
me lo sirvo en la cama,
y allá voy, menudo soy,
me dedico un arrechucho:
sexo seguro, sin riesgos, sin contemplaciones,
dudo que nada me satisfaga mejor que un servidor,
menudo soy para el amor.
Y que le voy a hacer si la gente
me condenó al olvido, a ser autosuficiente,
si con eso sobrevivo, que no es poco,
mejor loco que mal acompañado.

¡Qué bonita, qué divertida es conmigo la convivencia!
¡Descojonarme de mi última ocurrencia!
Y esperarme despierto, vuelva a la hora que vuelva,
o cocinar para mí mi plato favorito,
no encontrar en el baño más pelos que los míos.

Sólo yo controlo, sólo yo determino,
mis hábitos de higiene.
Lloro en mi hombro cuando nadie me entiende.
Si me siento solo miro a la luna,
me juro amor eternamente.
Rodeado de un espejo circular,
soy feliz con esta esquizofrenia tan particular.

Y voy y me levanto cada mañana,
feliz y seguro.
Me hago el desayuno,
me lo sirvo en la cama,
y allá voy, menudo soy,
me dedico un arrechucho:
sexo seguro, sin riesgos, sin contemplaciones,
dudo que nada me satisfaga mejor que un servidor,
menudo soy para el amor.
Y que le voy a hacer si la gente
me condenó al olvido, a ser autosuficiente,
si con eso sobrevivo, que no es poco,
mejor loco que mal acompañado.

Companheira dorminhoca

Trombadinha: Garantia de uma companhia preguiçosa ;)

"Pra ninguém!"

Estou em casa, curtindo uma solidão tão gostosa, somente acompanhada por nada mais, nada menos do que minha princesa Trombadinha!!!
Fazia tempo que não sentia tanto prazer em estar comigo mesma. Fico mais tranquila porque sei que a minha eterna companheira está se divertindo e relaxando em boa companhia...
Enquanto estou "só"... CURTO!!! Como o que quero, fico acordada até a hora que quero e fazendo o que quero e por aí vai a minha recém liberta "solidão".
Porque as pessoas têm tanto medo dela? Porque esta singela palavrinha é tão rejeitada, tão colocada de lado, tão escarnecida? Como se a total e completa felicidade só fosse possível em bando. Isso é coisa da pré-história!!!
Isso não é uma só uma apologia à solidão. É um desabafo mesmo! Abaixo as tribos, os bandos ou seja lá o que forem essas coisas conjuntas caminhando pela rua, ou melhor sendo levadas, porque no final das contas ninguém sabe mesmo aonde está indo.
Faz-me muitíssimo bem curtir-me... Faz-me muitíssimo bem esse silêncio... Faz-me muitíssimo bem esse momento de amor próprio onde a única testemunha é uma felina ranzinza e dorminhoca em cima da cama.
Dixi.
"Ninguém pra ligar e dizer onde estou
Ninguém pra ir comigo onde eu vou...
Ninguém pra dizer quando eu devo parar
Ninguém na casa pra poder acordar..."

domingo, 21 de junho de 2009

Quebra-cabeças de mim...

"Entre céus nebulosos...
Entre vendavais de louca lucidez...
Aprendi que é me partindo em pedaços
Que posso encontrar meu melhor inteiro..."

sábado, 20 de junho de 2009

Carta do trema ao seu amigo U


Querido U
(Reginaldo Pujol Filho)

Até que enfim consigo te escrever, meu amigo. Demorou porque optei pelo recurso da tradicional e antiqüíssima carta. Não estava disposto a enfrentar a censura dos corretores ortográficos dos e-mails. Queria sentir mais uma vez o gostinho de me expressar em bom português. Pois aqui estou. E creio que o primeiro a ser dito, daqui da Alemanha, é sobre a vergonha que sinto quando penso no passado. Calma, amigo U. Passado recente. Não os mais de cinqüenta anos vividos no Brasil. Não seria inconseqüente assim. Refiro-me ao tanto que tremia ao pensar no meu futuro pós-ditadutra. Lembras de como eu mirava com obliqüidade para o amanhã? Lembras, eu dizia que, depois da ditadura ortográfica, só me restaria me associar ao Ponto-final e tentar vaga de reticência. Cogitei também me virar, tentar ser dois-pontos ou até, no auge da intranqüilidade, emoticon! Vergonhoso. Mas vocês me apoiaram, argüiram que o horizonte era bem melhor. Recordo-me, lá na festa de despedida organizada por ti, U. Todos me incentivando.O Til, naquele humor típico de tiozão, a dizer “Mas os caras amam lingüiça, lá tu vai cair no gosto deles!” E não é que estavam mesmo todos certos? Tranqüilize todos! Até mesmo a boa e velha Exclamação, por favor, tranqüilize-a. Conte aí que, desde que desci sobre Düsseldorf, meu camarada, me sinto recebido de dicionários, ou melhor, wörterbuch abertos. Nenhum problema com imigração, xenofobia, preconceito, o que for. Os alemães me a-do-ram. Sinto na atmosphäre do país que todos me querem. Fazem questão da minha presença. Não há fräulein que saia de casa sem mim. Tem apfelstrüdel pra lá, küchen pra cá, chopp e prösit a toda hora, só vendo, U. Claro, não vou negar o passado. Minha insistência em permanecer no Brasil, apesar dos medos e inseguranças que a população tinha ao meu respeito. Sim, amava viver por aí. Mas me comove ver aqui crianças que me adotam desde pequeninas. Sabe quando você vê uma criancinha brincando com um cachorro grandão, de botar medo em muito barbado? Esse são os alemãezinhos, U! Mal aprendem a escrever, já me botam nos cadernos. Aqui não sou bicho papão. Confesso até às vezes estranhar essa minha ubiqüidade! Esse estar por todos os lados. Nunca trabalhei tanto na vida, nunca fui tão lembrado, rapaz. Os alemães não se dirigem a um outro europäer sem me levar junto. Estou muito fröhlich – que, se você não sabe, é como eles falam alegre. Isso é que é primeiro mundo, meu velho. Tenho pensado até em escrever para a Crase e o Ponto-e-vírgula. Sei dos seus medos de serem exilados como eu em uma nova “reforma” aí no Brasil. Pois não esperem, venham logo tentar a vida por esses lados na Europa (dizem que a França tem muito mercado para a Crase, sabia?). Escreverei com certeza. Não mentirei nem a eles, nem a você, meu amigo, que a saudade, em certas horas, bate forte. Mas aí lembro do tratamento digno de um eqüino que me dispensaram aí, reparo na recepção dispensada a mim por aqui, e eis que digo: estou e sou feliz. Precisa ver o suporte que me deram. Diversas letras me levando nas costas para cima e para baixo, como só tu fazias por mim. Tratamento top. Ou melhor, über! Veja nas fotos, já me levaram para München, Lübeck, Münster e tantos outros lugares. Até para Dänemark já me carregaram. Te mete! Para quem não tinha acesso a uma capital do Brasil, hein? Me sinto quase uma autorität por essas terras. Mas, por favor, não pense que me esqueço de tudo o que vivemos. Nunca cometeria esta iniqüidade! Como esquecer da despedida que vocês prepararam? Que festa! A e Agá juntos botando som? Depois o I mais o E, mais o Agudo. Aí foi a vez do Ó junto com o Agá! Que belos DJs! Até tu, junto com o incansável Agá, botaste a turma a fazer Uhu! Inesquecível, amigo. Teve até aquele momento em que os irmãos Parênteses pediram uma pausa para o discurso ensaiado com o Travessão! Se não estivesse apoiado em ti, juro que eu teria caído antes da hora. Saudade, se houvesse em alemão, certamente eu ajudaria a escrever. E até por isso comemoro tanta agitação, tanto convite nos lados de cá. Assim fico ativo, me sinto vivo, não fico a recordar e toco o barco, vou em frente por que atrás vem gente. Por falar nisso, muita gente. Inclusive, tenho que me despedir para ir até a universität (sim, amigo, aqui a academia faz questão da minha presença). Aguardo notícias tuas. E avise aí. O Trema não caiu! Auf wiedersehen Saudade, küssen e abraços do seu, acima de tudo, amigo.

Trema

(Nessas horas dá mesmo vergonha de falar Português!)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

::Minhas Estações::


Sou calor que alimenta fruta madura.
Luz que beija a aurora enrubescendo o céu.
Sou lua que brilha na imensidão escura.
Aranha que tece a teia, abelha que faz o mel.

Sou chuva que cai de mansinho no teu rosto.
Molhando aos poucos teus sentimentos.
Sou tormenta que destrói e causa desgosto.
Fortalecendo-te o coração nos pesados momentos.

Sou brisa que passa quase despercebida.
Mas deixa forte impressão de beleza na vida.
Sou flor que se abre para perfumar o ambiente.
E que para ser fruto, cultiva em si bela semente.

Sou a que anda errante no mundo.
Que luta pela certeza de ser feliz.
Que tenta enxergar o profundo.
E conhecer a importância da raiz.

Sou calor de verão, aconchego de inverno.
Despertar em canção, um aprender eterno.
Outono que dá fruto, primavera que floresce.
Amor que preenche tudo, alegria que aquece.
Sou o bem e o mal, o tudo e o nada.
Olhares com vida em estradas sem direções.
Sou de mil maneiras, sou de mil palavras.
E são mil os tons das minhas estações.

(Cybelle Santana)

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